Características dos filmes indianos:
-são muito mais caros que um filme normal de Hollywood por várias razões: enormes cashets das estrelas, coreografias e guarda-roupa elaborados, cenários exóticos e grandes campanhas promocionais;
-Bollywood produz uma média de 800 filmes por ano, o dobro de Hollywood, no entanto não é a indústria que mais filmes produz;
-os beijos na boca e cenas de sexo um bocadinho mais atrevidas podem fazer a classificação do filme subir para maiores de 18, limitando as audiências, o que faz com que muitos produtores optem por erradicar estas cenas, de forma a obterem lucro. No entanto estão a surgir mais filmes com algumas cenas deste género mais ou menos subtis classificados como maiores de 12;
-o nome de Bollywood resulta da junção de Bombaim com Hollywood, sendo a sede desta indústria em Bombaim, capital económica da Índia;
-são bastante longos, rondando normalmente as 3 horas e são todos musicais;
-os actores durante as músicas cantam maioritariamente em playback, normalmente há sempre um cantor/cantora profissional por trás, mas por vezes são eles próprios que cantam. O actor Amitabh Bachchand por exemplo, costuma cantar as músicas das suas personagens;
-existem filmes bastante bons, como existem outros bastante maus, é errado generalizar e há-que saber escolher;
-um bom actor bollywodesco que se preze não se limita a saber representar, mas também tem de se saber mexer para acompanhar as coreografias das músicas;
-Os filmes normalmente em Hindi, por vezes também em outras línguas indianas incluem sempre vocabulário e frases em inglês misturadas com a língua principal, uma vez que é assim que os próprios indianos falam;
-existem famílias cujos membros estão ligados a Bollywood através de produtores, cantores, actores e realizadores ao longo de várias gerações, como é o caso da família Devgan, Kapoor, ou Mukherjee;
-entre os actores mais conhecidos encontram-se a Kajol, também conhecida como uma das Queens of Bollywood, Sharukh khan (Srk) também conhecido como King Khan, Rani Mukherjee, a outra Queen of Bollywood, prima da 1ª, Aamir Khan, Bipasha Bashu, Kareena Kapoor, Karishma Kapoor, Saif Ali Khan, Tabu, Amitabh Bachchan, Abhishek Bachchan (Baby B), John Abraham, Salman Khan, Priety Zinta ou Aishwarya Rai;
-Existem vários "popular on-screen couples", os "so-called jodis", que o grande público adora ver juntos nos filmes, como Rani Mukherjee e Abhishek Bachchand ou "Ranishek" (2º vídeo - uma das canções do filme Bunty Aur Babli), Rani Mukherjee e Saif Ali Khan, Rani Mukherjee e Srk, Srk e Kajol ou "SrKajol"(3º vídeo-inclui um argumento e manipulação de cenas de vários filmes);
-Muitos actores e realizadores encontram-se frequentemente envolvidos em campanhas de solidariedade, tirando proveito da sua imagem e impacto na população;
-Muitos actores acumulam também funções de modelo e participam muito em anúncios;
-Estou a fazer apenas referência a filmes de entertenimento, os mais populares, mas também existe cinema de autor, como Water, Fire e Earth by Deepa Mehta de capital canadiano, embora este não seja considerado Bollywood, uma vez que Bollywood é apenas uma das indústrias cinematográficas da Índia;
-Aqui em Portugal, pelo menos, estão envoltos em grande preconceito, visto que todos consideram sem nunca terem de facto explorado ou conhecerem a indústria cinematográfica indiana que os filmes de Bollywood não prestam, o que mostra que a maioria das pessoas têm uma mente muito fechada a coisas diferentes e vão ver um filme indiano à espera de uma cópia de um americano e claro que não são estilos semelhantes e ainda bem.
-Os filmes tendem muito para o romance, ainda não vi nenhum em que não fosse mencionada a palavra shaadi (casamento) ou isqh/pyaar (amor), embora saiba que existam vários de acção.
O meu preferido, se quiserem ver, é o "Fanaa" (e eu não gostava deste tipo de filmes exclusivamente românticos antes!). Eu acho que se pode sempre esperar um bom filme de entertenimento quando estes incluem a Kajol, a Rani Mukherji ou são do Karan Johar.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
O Preço da Liberdade
Olá, olá people!
Sei que isto tem andado muito parado no último mês, mas isto de agora ter exames no final das aulas que se extendem para dentro do Verão parece ser uma moda que veio para ficar, visto que se tem repetido nos últimos três anos e não há prespectivas para o seu fim, nos próximos, cinco, seis, sete anos, mais ainda??!
Mas isso agora não interessa, porque há uma semana que estou de férias, yeieieieieieiei!!!!!!!!!!!!!!!!! Muito merecidas!!!!!!!!!!!!
Mudando de assunto, nesta última semana li um livro muito interessante, que acho que toda a gente devia ler, chama-se "O Preço da Liberdade", ou "Camelia" no seu título original. É uma autobiografia de uma jornalista reformista iraniana chamada Camelia Entekhabifard, que retrata a evolução do seu país desde a fuga do Xá e a implementação da República Islâmica quando ainda era uma criança até aos dias de hoje, e todas as transformações que a sociedade foi experimentando. É um livro imparcial, dentro do possível claro, que acredito fazer um retrato fiel e verídico da realidade do Irão.
Num momento em que a imprensa ocidental ataca o Irão no que toca ao seu programa nuclear, em que surgem sites, blogues, vídeos no youtube, etc a defender este país, dando uma imagem harmoniosa e equilibrada de um país moderno, deturpada pelos interesses dos Estados Unidos da América na opinião pública ocidental, considero ser essencial cada um formar a sua própria opinião. Deixo-vos aqui uma pequeno resumo do livro que tirei da net e que é uma versão mais curta do que está no livro:
"Jornalista ousada, Camelia usava o seu talento para cobrir a actualidade do Irão pós-revolucionário nos jornais reformistas do país. A coragem com que sempre desempenhara um papel activo na vida cultural de uma nação tomada de assalto pelo extremismo religioso granjeou-lhe inimigos e conduziu-a à prisão. Em Towhid, a violência física e psicológica a que é sujeita coloca-a face a uma terrível decisão: para sobreviver, terá de se entregar ao chefe dos seus brutais interrogadores. Uma relação perigosa e humilhante, durante a qual Camelia se vê obrigada a trair os amigos e a família, a servir o governo iraniano e a ceder a todos os caprichos de um homem dissoluto e poderoso."
Agora gostava de fazer aqui um balanço da indumentária islâmica que se mistura com a cultura popular de muitos países árabes. Neste livro falava-se muito do hijab e do chador que são mais típicos do Irão. No hijab a cara está a descoberto, mas o cabelo deve estar totalmente coberto/invisível. Eu nunca andaria com aquilo todos os dias, mas por acaso o hijab até é engraçado. No entanto penso que as pessoas devem ter liberdade de escolha, ou seja defendo uma não proibição em França por exemplo, mas também uma não obrigatoriedade no Irão ou noutros países árabes. O chador já só deixa ver os olhos, e a burka, eu acho horripilante, não deixa ver nada, as mulheres que usam aquilo devem morrer de calor no Verão e a visibilidade deve ser mínima. Deixo-vos agora umas ilustrações do que referi e um dos típicos e utópicos vídeos defensores do Irão:
Eu acho que este vídeo dá uma imagem de um Irão bonitinho, moderno e inocente mas a realidade é muito diferente e a repressão existe e não é pouca e o livro que eu vos sugiro mostra isso bastante bem e quem acredita no contrário, na minha opinião, só mostra ingenuidade. Só o facto do Primeiro-Ministro iraniano executar os homosexuais e declarar publicamente que estes não existem no seu país como na existem na Europa ou dizer que o Holocausto é um mito, já é bastante revelador.
Agora claro que isso não legitimiza uma invasão por parte de qualquer país e acho que a desculpa dos E.U.A. às vezes utilizam para invasões de luta pela defesa dos valores da democracia, é realmente uma bela desculpa para justificar os seus interesses particulares. Como disse uma vez o Lion, as mudanças têm de vir de dentro e não impostas por uma nação estrangeira, ou como alguém disse no filme "Gandhi", um povo prefere ter um Governo nacional com problemas do que ter um Governo estável estrangeiro e imposto.
Espero que leiam o livro, que gostem, e depois digam qualquer coisa, comentem!
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